Nascido e criado na zona rural de Arataca, João Vitor foi criado por seus avós Manoel, popularmente conhecido como Manelino, e Dona Nice, passou a maior parte de sua infância ajudando seus avós na roça. Após quatro anos de trabalho árduo, decidiu que era hora de mudar de vida e partiu para a cidade grande com o sonho de se tornar jogador de futebol. No entanto, foi o basquete que acabou conquistando seu coração.
João enfrentou muitos desafios em sua jornada. Quase sucumbiu à depressão, mas encontrou no basquete a força para superar essa situação. Ele começou a jogar em um time de bairro, treinando durante a madrugada, quando a quadra estava vazia. Seu esforço e dedicação foram tanto que ele conseguiu uma vaga no Saldanha da Gama, o melhor time de basquete do Espírito Santo.
Para João, o basquete é mais do que um esporte: "O basquete significa muito para mim, foi onde eu me achei. O basquete me levou a sentir sensações que eu nunca imaginei sentir. Arremessar, correr, efetuar um drible que todos ficam chocados, ver o seu nome sendo chamado pela torcida, ser admirado por crianças, ser inspiração para algumas pessoas, isso me tornou uma pessoa completa."
João também compartilhou sobre os problemas familiares que enfrentou: "Eu tinha problemas em casa, minha mãe vivia bêbada, eu chegava em casa e toda vez encontrava ela lá caída, aquilo me matava por dentro. Mas tinha uma coisa que me acalmava, me deixava feliz e alegre, cansava o corpo pra caramba mas descansava a mente, tinha uma quadra perto de casa, eu tinha uma bola ruim, mas dava pra jogar, lá eu passava a madrugada inteira treinando."
A história de João Vitor é uma inspiração para todos nós. Ele nos mostra que, com determinação e paixão, podemos superar qualquer obstáculo em nosso caminho.
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