A descoberta foi feita pela cientista Wendy Bolaños, durante seu mestrado no Programa de Pós-graduação em Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). A pesquisa contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Mohamed bin Zayed Species Conservation Fund.
O sapinho pulga é encontrado nos topos dos morros em duas unidades de conservação em Arataca: a Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita e o Parque Nacional Serra das Lontras. A pesquisa de Bolaños envolveu a medição e determinação do sexo de 46 exemplares da espécie, confirmando sua posição como o menor anfíbio do mundo.
No entanto, apesar do avanço científico, os pesquisadores alertam para a necessidade de preservação do sapinho pulga. A espécie foi classificada como em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Mesmo vivendo em áreas de conservação, os animais enfrentam ameaças decorrentes das mudanças climáticas.
Diferentemente de outras espécies, que podem se deslocar para áreas de montanha em resposta ao aumento da temperatura, o sapinho pulga não possui essa opção devido ao seu habitat nos topos de morro. Portanto, é fundamental garantir a preservação desse pequeno anfíbio para que as futuras gerações possam se orgulhar de tê-lo em Arataca.
A pesquisa realizada por Bolaños e sua equipe destaca a importância da conservação da biodiversidade e a necessidade de ações para proteger espécies ameaçadas como o sapinho pulga. A preservação do meio ambiente é fundamental para garantir a sobrevivência de animais tão singulares e valiosos para a fauna brasileira.
Fonte: Jornal fatos e noticias
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