Em Arataca, ecoa história de Mário Faustino, ou, como carinhosamente o chamavam, Mário da Farmácia. Sua farmácia, instalada na antiga casa verde – hoje a imponente agência do Bradesco – era mais do que um estabelecimento comercial; era o coração pulsante da comunidade. Ali, entre prateleiras de remédios, Mário tecia laços de amizade, atendendo a todos com um sorriso cativante e uma atenção que transcendia a simples venda de medicamentos.
Seu jeito atencioso era lendário. Não importava se o chamado era para um simples curativo ou para um conselho amigo, Mário estava lá, pronto para ajudar. A farmácia era uma extensão de sua casa, um espaço onde sua família, sempre presente, contribuía para o calor humano que acolhia a todos. Filhos, netos todos participavam, aprendendo a arte da compaixão e do serviço prestado com amor.
Mário era um homem de fé inabalável, um católico praticante que encontrava na leitura a sua fonte de paz e sabedoria. Nos momentos de folga, entre uma receita e outra, ele se perdia nas páginas de seus livros, amava desenhar, buscando inspiração e conhecimento que alimentavam sua alma generosa.
A partida de Mário deixou um vazio imenso em Arataca. A cidade silenciou por um instante, como se a brisa tivesse perdido seu perfume habitual. Mas o silêncio logo foi quebrado pelo eco de suas ações, pelo legado de prestatividade que ele deixou para trás. As lembranças se entrelaçavam, formando uma tapeçaria rica em detalhes: Mário, o bom pai, o avô amoroso, o tio carinhoso, o amigo incondicional.
Esposo da saudosa Otilia e pai de Doze filhos carregam em si a herança de seu exemplo, assim como toda a comunidade que o conheceu.
Mário Faustino de Lima não era apenas um farmacêutico; ele era um pilar da comunidade, um homem que transformou a sua profissão em uma missão de vida. Em Arataca, seu nome ecoa como sinônimo de bondade, dedicação e amor ao próximo. Sua história, escrita nas páginas do tempo, permanece como uma referência inspiradora, um farol que ilumina o caminho de gerações futuras. E a antiga casa verde, agora agência do Bradesco, guarda em suas paredes a memória viva de um homem que deixou sua marca indelével na história da cidade.