O programa Pé-de-Meia, criado como uma das principais bandeiras do terceiro mandato de Lula, enfrenta uma crise de custos e ampliação do público-alvo, gerando questionamentos sobre sua real necessidade e transparência.

O Ministério da Educação (MEC) inicialmente previa atender 2,4 milhões de estudantes do ensino médio regular com o programa, com um custo anual de R$ 7,1 bilhões. No entanto, a pasta quase dobrou o número de beneficiários, chegando a mais de 4 milhões, e o custo anual disparou para R$ 12,5 bilhões, representando um aumento de R$ 5,1 bilhões em relação ao estimado inicialmente.

A expansão do Pé-de-Meia se deu pela inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de estudantes com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo, medidas que, segundo o MEC, têm respaldo legal.

Apesar da justificativa da pasta, parlamentares da oposição e especialistas apontam o programa como uma ferramenta de cunho eleitoral, criticando a falta de transparência e o aumento dos gastos.

A disparada de custos do programa e a ampliação do público-alvo geram questionamentos sobre a real necessidade do Pé-de-Meia e a efetividade de suas ações. A falta de dados e a falta de transparência sobre os critérios de acesso ao benefício alimentam as críticas e aumentam a desconfiança em torno do programa.