O alívio na conta de luz com o fim das cobranças extras da pandemia se esvai em 2025, com um aumento previsto de até 13% nas tarifas de energia elétrica. A expansão de programas sociais do governo Lula, como o Luz para Todos, e o crescimento de encargos para as distribuidoras pressionam os consumidores.

Expansão de Programas Sociais: Luz para Todos e a Conta do Consumidor:

O principal motor do aumento da conta de luz é a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), que representa a maior parte da fatura. O crescimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que financia subsídios e políticas públicas, impacta diretamente a TUSD. Em 2025, a CDE terá um salto de 23%, impulsionado principalmente pelo programa Luz para Todos, que terá orçamento de R$ 4,3 bilhões, um aumento de 72% em relação ao ano anterior. A meta é levar energia para áreas remotas, mas esse benefício é pago por todos os consumidores através da tarifa.

Encargos Operacionais e Modernização: Custo da Eficiência:

Outro fator que impacta a TUSD é o chamado "Fio B", que cobre despesas operacionais, manutenção e estrutura das distribuidoras. A previsão é de aumento de 7,26% nesse componente, influenciado pela inflação acumulada e pelos investimentos em modernização das redes de energia.

Mercado Regulado e Impacto da Compra de Energia:

A compra de energia no mercado regulado também contribui para o aumento da conta de luz. Em 2025, a previsão é de um aumento médio de 12,51% nas transações entre concessionárias e clientes.

Alívio Pontual, Mas Conta Mais Cara:

Apesar do fim de encargos extraordinários da pandemia e da crise hídrica, e do uso de créditos tributários de PIS/Cofins, o cenário geral aponta para uma conta de luz mais cara. A expansão de programas sociais e os investimentos em modernização do setor energético, apesar de importantes, impactam o bolso dos consumidores.
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